Apartheid, ainda existe?

Apartheid, ainda existe?

Cheguei há poucos dias na Cidade do Cabo e já no avião me deparei com uma senhora sul africana, e logo conversamos um pouco da cidade e chegamos no assunto APARTHEID. Como ela havia vivido parte da a época, pedi para que relatasse sua experiência, e surpreendentemente ela me disse que era MUITO MELHOR ANTES!

Não posso esquecer um detalhe, a senhora apenas descrita era loira de olhos azuis.

Após o susto da resposta, me resguardei ao meu livro do Machado de Assis mesmo, não consegui continuar a conversa.

Então, conversando com os sul africanos da minha geração vi que a mentalidade já mudou bastante, e consideram a época de separação uma grande lástima, o que significa um ótimo sinal para as próximas gerações.

Pesquisando ainda mais sobre o país, verifiquei que em Constituição é uma das mais avançadas do mundo no que concerne os direitos humanos, o que deixa a do Brasil em parâmetro elementar quando observamos a linda teoria descrita, se a africana fosse seguida a risca.

Após este evento, vieram inúmeras medidas para resguardar a sociedade e o governo “tentar” se retratar da atrocidade ocorrida por tanto tempo pela separação das pessoas pela cor da pele como a introdução da matéria de Direitos Humanos na grade curricular.

A Constituição atual, a quinta elaborada do país, foi realizada pelo parlamento eleito em 1994, nas primeiras eleições pós-apartheid. Esta foi sancionada pelo presidente Nelson Mandela em 10 dezembro de 1996, dia Internacional dos Direito Humanos.

Logo, é possível observar que nossa geração está vivenciando uma grande mudança nos parâmetros africanos de humanidade, depois de tantos anos após a abolição do apartheid.

Para os que se interessam pelo assunto, indico o filme Skin (pode ser encontrado no youtube), para entender um pouco mais da época.